Fantástico Mundo Novo
Reblogando incrível mensagem de Luis Nassif publicada originalmente no Projeto Brasil.
Em um intervalo da reunião do G20, em Washington, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown convidou um grupo de líderes mundiais para uma conversa reservada. Não convidou ninguém dos Estados Unidos. Entre os presentes, o presidente brasileiro Lula.
Foi uma daquelas conversas históricas, não por resultados ou conclusões, mas pelo chamamento. Brown ponderou aos presentes que o mundo não estava passando apenas por uma crise econômica que, superada, permitirá retomar a mesma vida de antes. As mudanças são estruturais, em todas as áreas, no modo de vida, nos valores, disse ele. Caberá às lideranças começarem a discutir o novo modelo mundial que será criado dos escombros dessa financeirização desvairada que dominou o mundo nas últimas décadas.
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Muitos desses valores são sementes plantadas e em crescimento. Como a questão da sustentabilidade. Independentemente da crise, será fortalecida a bandeira do meio ambiente, dos combustíveis renováveis, do combate às práticas predatórias.
Essa nova economia que emergirá do campo trará mudanças profundas, inclusive com a reversão do desastroso processo de concentração de populações nas grandes metrópoles.
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Outro ponto relevante será o gradativo enfraquecimento da cultura do individualismo exacerbado que dominou as últimas décadas. Não se verá a volta ao velho paternalismo de Estado, que imperou antes disso. A nova etapa privilegiará a colaboração em diversos níveis, o aumento da responsabilidade corporativa, as parcerias entre governo, empresas e organizações não-governamentais, mas sem abandonar a busca da eficiência sustetável.
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A velha dicotomia políticas sociais focadas (específicas para grupos mais pobres) × universalistas também está superada.
Os «focalistas» se baseavam no estudo dos indicadores para sugerir políticas que atingissem apenas o público mais necessitado.
Os universalistas propunham políticas que contemplassem segmentos amplos da população. Desenvolveram modelos excepcionais – como o caso do SUS (Sistema Único de Saúde) – mas com pouco uso de ferramentas estatísticas.
Agora, se chegou a uma síntese, que é a implantação de políticas universalistas amparadas em pesado ferramental estatístico. Exemplos disso são o Bolsa Família, no setor público, e trabalhos como o Instituto Hospitalidade e o Instituto Ayrton Senna, no setor não governamental.
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Na produção, os novos modelos privilegiarão o trabalho em rede, as diversas formas de associativismo, a integração entre grandes empresas e pequenos fornecedores.
Esse discurso rastaqüera que dominou o debate nos últimos anos, de desprezo pelos pobres, pelo país, essa visão provincianamente internacionalista, em breve estará superada.
Hoje em dia, já há pactos consolidados em favor da saúde, da educação, da gestão moderna, da inovação. Mas sempre com foco na inclusão social.
HÁ SINAIS DE UM MUNDO MELHOR SENDO CONSTRUÍDO, ASSIM QUE A BORRASCA PASSAR.Luis Nassif
O fantástico mundo novo
Isso vai contra as ideias de progresso defendidas por um certo ex-presidente brasileiro e praticadas por algumas empresas.
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Cacilhas, La Batalema