2010-10-24

Voto consciente II

A resposta de Marcos Machado a meu artigo Voto Consciente merece um artigo por si só:

Rodrigo,

Se a gente pensar no Brasil como país, um território, a gente vê um lugar enorme e paradisíaco como poucos lugares no mundo, onde tudo é farto, seguro e bonito.

Se a gente pensar o Brasil como Nação, aí o bicho pega! Ainda vai levar algum tempo até que o país vire nação pois teremos que considerar quem vive aqui, o povo. Não o «povão» pobre, mas todo o povo. Para se ter um nação tem que haver união e trabalho contínuo de compartilhamento de todas as forças materiais e pensamentais. Tem que haver investimento pesado em Educação (em todos os níveis).

O país é o que é, tá aí para se usufruir. Eleições não são para melhorar o Brasil mas para melhorar o sistema de compartilhamento dos bens e responsabilidades. No final das contas, eleições são para melhorar o povo, todo o povo, e fazer com que os brasileiros mereçam o país que têm. Não é fácil morar no paraíso, quando se tem um monte de predadores prontos para pular feito hienas no seu pescoço.

Propaganda e marketing são pra isso mesmo que você vê aí: embalar bem um produto e fazer você crer que precisa dele. Rsrsrsrs… Não fique preocupado com a propaganda e o marketing eleitorais. Estatisticamente 60% dos brasileiros não assistem propaganda eleitoral, em nenhum nível.

Os programas eleitorais e debates (que também ninguém assiste – só algo em torno de 2% de audiência) talvez sirvam mais para mostrar aos militantes partidários o que fazer na captação de votos do eleitores e dão o tom, a cor do «texto» e o ânimo necessários nesse trabalho de formiguinha. Vamos lembrar que o Brasil é um país continental, com muitos «rincões» escondidos no mapa. É um trabalho monstruoso.

Não dá mais para se guiar por essa coisa de esquerda ou direita. A gente vê muito fisiologismo e um «pragmatismo» exacerbados há anos. Já está institucionalizado. É tudo muito bem planejado. Veja como exemplo o PMDB. O que é aquilo? Um partido? São coisa nenhuma, apenas um bando de fisiologistas mas que crescem de forma bacteriana. Não têm filosofia. Ventam pra onde está o poder.

Agora, realmente, a gente desse país precisa saber em quê está votando. Passamos a vida toda sendo treinados a votar em pessoas e não em programas partidários (baseados em diversos sistemas filosóficos). Assim é bem mais fácil o controle, claro, associado a um sistema nulo de educação e superlativo de desinformação.

Quando vemos as práticas da mídia político-partidária associada ao inextinguível capital estrangeiro oriundo de agências de controle a nível global somadas às práticas dos partidos políticos de extrema-direita; quando vemos essa quadrilha de predadores brutamontes e boçais fazendo um mega esforço para destruir tudo o que todo o povo construiu de bom ao longo de décadas, dividindo, confundindo as pessoas, infundindo medo em suas cabeças, insuflando seu lado mais emocional para cegar seu senso crítico e forçar o voto de forma irracional; quando vemos gurus e «especialistas» estrangeiros pagos a peso de ouro pululando em nosso solo brasileiro com o único objetivo de trazer prá cá a desunião, o pensamento único medieval de caça às bruxas, de caça ao que temos de melhor, para destruir. Isso mesmo: sabotar e destruir (!)

Aí, eu pergunto: nós vamos deixar isso acontecer???

Nos últimos 8 anos o governo federal vem diminuindo a extratificação social, melhorando a distribuição de renda; vem reativando o mercado interno para suportar os impactos oriundos da ciranda finaceira internacional, vem costurando o tecido social rasgado ao longo de décadas; vem eliminando o complexo de vira-latas que cedeu lugar ao orgulho de ser brasileiro e de se ver inserido no concerto global com papel de destaque e poder de influência e união entre as nações que não possuem um sistema de governo sólido.

Essa nova postura incomodou os pitbulls reacionários e a direita mundial acionou seus «agentes», regiamente pagos, em todos os meios e agora ligaram a «máquina de moer carne» como a do Tea Party, nos E.E.U.U., que tem um poder imen$o e partiu para liquidar com o «Negro Obama». Quem viver, verá.

Há meses vêm invadindo as nossas caixas postais com todo tipo de lixo pois identificaram o enorme poder que a Internet tem na vida dos brasileiros. Imagine quando o Plano Nacional de Banda Larga do Lula estiver funcionando na plena? Encontraram eco aqui em algumas pessoas mentalmente desequilibradas que repassaram, sem nenhum senso crítico ou por pura maldade tudo o que o Ravi Singh – http://mcaf.ee/8cefb – criou em sua estratégia sórdida, regada a milhões de dólares.

A Marina Silva, uma candidata que teve o apoio de 20 milhões de eleitores, agora faz cú doce e diz que não apóia ninguém e seu partido PV apóia a direita ultrarreacionária. O que estão pensando agora os eleitores da Marina?!?!?! Será que estão conseguindo agora enxergá-la por trás da máscara de boa-moça-em-cima-do-muro-como-Pilatos?

A guerra é ideológica, de controle global e de estratégia geo-política. Tem gente que não enxerga isso!!! Como pode um troço desses? Isso é burrice? Essa gente apenas ajoelha servilmente na frente dos centuriões e… «reza». Isso me dá nojo!!!

Não acredito em santos mas vou fazer a minha parte: voto 13, voto na Dilma e porque, acredito, no momento é o melhor possível a ser feito.

Luz e PAZ!

Marcos Machado


[]’s
Cacilhας, La Batalema

2010-10-15

Voto consciente

Mendes vs Barbosa Eu quero um Brasil melhor.

Mas que se f*da um Brasil melhor e que me f*da eu. Eleições não são para um Brasil melhor, são para um Brasil que os brasileiros mereçam e queiram.

E que se f*da a propaganda eleitoral: nela os candidatos querem convencer VOCÊ de que eles são o que você quer. Serra vai omitir e enganar para convencer você de que quer ele. E Dilma, que não é nenhuma santa, idem.

Então para votar em prol de um Brasil que você quer, não caia na conversa mole da mídia ou dos propagandistas eleitoreiros! Você precisa saber em que (não em quem) está votando.

Os conceitos de esquerda e direita são ainda muito presentes devido a seu caráter relativo. Dilma representa a esquerda e Serra a direita. Mas que droga isso significa?

Esquerda é o pensamento político que pretende diminuir as diferenças sociais. Direita, pelo contrário, é o pensamento político que acredita que as diferenças sociais alimentem o crescimento financeiro da nação e assim precisem ser aumentadas.

Na prática, pense na seguinte parábola:

Imagine um servente de pedreiro, filho de pedreiro, que mal ou bem terminou o ensino médio através de supletivo. Agora ele está fazendo um cursinho pré-vestibular. Se mata de estudar para tentar entender coisas que mal entram em sua cabeça. Ele quer ser médico.

Se você acha que ele está certo, deve correr atrás do sonho e merece todo apoio, você tem pensamento esquerdista e seu voto será consciente se votar #Dilma13.

Se você acha que cada um tem seu lugar na sociedade e que ele deve desistir desse absurdo, você tem pensamento direitista e votará consciente se votar #Serra45.

E acredite em mim: se todo brasileiro pensasse assim, ainda assim teria muito pedreiro votando #Serra45 e muito empresário votando #Dilma13.

Então, não importando em quem você vote, vote consciente. Não por um país melhor, mas por um país que faça jus a seu povo.

[update 2010-10-21]
Para quem reclamou que meu artigo foi muito superficial, recomendo o artigo similar bem mais profundo do Miro Borges: Serra assume agenda que ameaça a Europa, que, aliás, não usa (não precisa usar) a dicotomia esquerda-direita.
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[]’s
Cacilhας, La Batalema

Sobre o autor

Puxava carroça e tricotava fuxico na feira para ganhar algum dinheiro.
Catava inhame e pariparoba no mato para ter com que alimentar sua família.
Pagava as contas graças à caridade de pessoas de bom coração.
Só no governo Lula foi ter oportunidades de trabalho, quando usou Software Livre para ajudar um provedor de Internet a não falir e participou da migração do CPD da Prefeitura de Petrópolis para Software Livre como consultor de infraestrutura.
Trabalhou como desenvolvedor de ferramentas de apoio a decisão.

Hoje desenvolve ferramentas de backend para software financeiro e trabalha na ponta tecnológica com cloud computing.