2011-03-22

T.I. é muito fácil, basta apertar uns botões…

Baal Hoje pela manhã, indo de ônibus para a rodoviária ainda meio sonolento, ouvi uma conversa no banco logo atrás do meu que me chamou a atenção…

Um rapaz, aparentemente um pouco mais novo que eu – portanto já um burro velho –, disse para o outro do lado:

— Profissional de T.I. é tudo vagabundo! Passa o dia inteiro jogando paciência, vendo vídeo no YouTube e navegando no Orkut. Enrola o dia inteiro pra fazer tudo correndo no fim do dia, porque o trabalho de T.I. é muito fácil, é só apertar uns botões e está tudo feito.

Isso me despertou. Continuando a conversa, continuaram as bizarrices… o sujeito ainda disse:

— Eu sou programador. Trabalho fazendo site. É impossível fazer um site que funcione no IE e no Firefox, você tem de escolher um ou outro e trabalhar só com ele.

Sem comentários…

[]’s
Cacilhας, La Batalema

2011-03-05

Águas do Imperador engando você!

Segundo matéria da Tribuna de Petrópolis, o sanitarista Mario Bandara revela que o tratamento de esgoto da empresa Águas do Imperador é uma farsa, poluindo os rios de Petrópolis em benefício dos lucros da empresa:

Para sanitarista, estações de tratamento de esgoto da cidade são ineficientes



Um estudo feito pelo engenheiro sanitarista Mario Bandara, sobre o sistema utilizado nas estações de tratamento de esgoto da Águas do Imperador, foi apresentado na última quinta-feira, durante reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema). A pesquisa foi encomendada pelo Instituto Civis e pelo Ama-Centro Histórico, após surgirem questionamentos sobre a nova ETE que será instalada no Bingen, em frente ao Hospital Santa Teresa. «Tínhamos muitas dúvidas sobre a construção desta nova estação de tratamento. Já tivemos problemas com a ETE instalada na Rua Washington Luiz, principalmente em relação ao mau cheiro», disse a presidente da Ama-Centro Histórico, Miriam Bourne.

De acordo com o estudo, que durou cerca de quatro meses, o processo utilizado pela concessionária é falho e ineficaz. «Encontrei falhas e pude concluir que o sistema não tem eficácia e propicia a contaminação ambiental», informou Bandara. O engenheiro sanitarista explica que o sistema usado pela Águas do Imperador é chamado de Unitário, o que, segundo ele, é ultrapassado e proibido. «Nesse processo, o esgoto e a água pluvial passam pela mesma tubulação. Quando há um aumento no volume da água da chuva, ela é jogada para o rio, através de um extravasor, mas tanto a água pluvial quando o esgoto são despejados juntos no rio, uma vez que ambos passam pela mesma tubulação. Esse sistema, adotado pela Águas do Imperador, permite isso, por isso é considerado ultrapassado», explicou.

Para o sanitarista, o sistema que deveria ser implantado nas ETE’s é o chamado de Separador Absoluto, que consiste de duas tubulações onde a rede sanitária e a rede pluvial são separadas. De acordo com Bandara, este processo é obrigatório desde 1912. «Nossos rios são contaminados. Isso é um fato que não há como negar», enfatizou. Ainda de acordo com o sanitarista, o sistema pode ser mudado, mesmo com as estações já em funcionamento. Para a realização do estudo, Bandara utilizou dados fornecidos no site da Águas do Imperador e observação em campo. Ele ressalta, que chegou a pedir mais dados e informações à concessionária de águas, mas não foi atendido. Ele também reconhece que com a utilização de mais recursos, o estudo teria uma precisão maior.

Para o presidente do Instituto Civis, Mauro Corrêa, é preciso abrir uma discussão sobre o assunto e levar ao conhecimento da sociedade civil e autoridades. «Existem outras vertentes e explicações, além das disponibilizadas pelos técnicos da Águas do Imperador, quando decidiram pela instalação da ETE próximo a um hospital. É preciso falar mais sobre o tema, discutir e analisar», disse. De acordo com Miriam, uma cópia do estudo foi entregue ao Ministério Público Federal, para que seja analisada. Na próxima sexta-feira, dia 18, a pesquisa será apresentada aos estudantes de engenharia da Universidade Católica de Petrópolis. «Queremos realizar também uma apresentação na Câmara Municipal. Já estou em contato com os vereadores. Vamos tornar esta pesquisa pública e questionar a Águas do Imperador», enfatizou Miriam Bourne.

Outro ponto também abordado pelo sanitarista foi o local escolhido pela concessionária para instalação da nova ETE. Ele afirma desconhecer, em qualquer outro lugar do mundo, a implantação de estações de tratamento de esgoto próximo a escolas, postos de saúde ou hospitais. «Mesmo que fosse um sistema eficaz, sem falhas operacionais, não é recomendável, é um contra-senso», ressaltou. Ele afirma que podem ocorrer contaminações através do ar, já que nos locais onde as estações são instaladas o mau cheiro é forte. «Colônias de bactérias também existem no ar. É preciso levar isso em consideração», informou.

Em nota, a assessoria da imprensa da Águas do Imperador informou que «todo esses questionamentos já foram devidamente respondidos em reunião com o Condema, da qual participou o engenheiro Mário Bandara. Na ocasião, foi demonstrado por que o MBBR – Moving Bed Biological Reactor – tecnologia de membrana é o mais moderno e eficiente no tratamento de efluentes. Desta reunião participou o arquiteto do Hospital Santa Teresa, Marcos Teixeira, responsável também pelo projeto da ETE Piabanha. Na ocasião, além do projeto da ETE Piabanha, foram apresentados para o Condema todas as licenças para construção da estação de tratamento de esgotos. Desde sempre houve a preocupação de realizar a obra em consonância com as exigências impostas pela proximidade de um hospital. Naturalmente que se a obra oferecesse algum risco para os pacientes, não seria licenciada por todos os órgãos competentes». Ainda de acordo com a assessoria, a ETE Piabanha vai tratar 11 milhões de litros de esgotos por dia, beneficiando 30 mil moradores da Mosela e do Bingen, e faz parte do programa de Despoluição dos Rios de Petrópolis, iniciado em 2000. Assim como as demais estações de tratamento de esgotos – ETE Palatinato e Quitandinha –, a estação que vai tratar a bacia do Rio Piabanha será inteiramente biológica, e, além de tratamento de membranas, o MBBR, seu sistema de aeração, também o mais sofisticado que existe (WTF?), pois consome 30% menos de energia e aumenta a eficiência do tratamento.


JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna


Em suma: a Águas do Imperador usa uma tecnologia de tratamento de esgosto ineficiente e ultrapassada há quase um século, e ainda tem coragem de chamar isso de mais moderno e eficiente, apenas porque terá 30% menos de gastos, potencializando seus lucros.

E mais, fazendo o mesmo questionamento que a acessoria da empresa, como os órgãos competentes licenciaram uma obra que usa uma tecnologia proibida há quase um século? É preciso fazer um inquérito de corrupção para averiguar.

Sorria! Você está sendo enganado!

[update 2011-03-10]
Além de relembrar de minha reclamação do trabalho escondido, a bloquear a visão do cruzamento, gostaria de acrescentar duas fotos da Águas do Imperador bloqueando a calçada sem sinalização:


Quer dizer… só tem sinalização quando o jornal vai lá fazer matéria?!
[/update]


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Cacilhας, La Batalema