
Sempre tive curiosidade sobre a série
Doctor Who, mas nunca havia parado para assistir seriamente, até 2005, quando a ressuscitaram.
Desde então acompanho a série com expectativa e excitação, como todo bom
whovian. Agora, após 10 anos de série, gostaria de expor algumas impressões.
O Nono Doutor
Em 2005, a série foi resgatada com
Christopher Eccleston no papel do Nono Doutor.
Eccleston fez um Doutor que lembra muito suas sétima e oitava encarnações. Tem algo das anteriores ainda, mas pouco. Muito carismático e cativante.
Cada episódio do Nono Doutor foi mais e mais envolvente, e sua relação com
Rose Tyler se constrói organicamente, tornando sua acompanhante (
companion no original em inglês) a preferida de muitos fãs.
Décimo Doutor
Mas o contrato de Eccleston previa apenas uma temporada e, por algum motivo que até hoje ele não gosta de comentar, não foi renovado. Então entra em 2006 o Décimo Doutor, vivido por
David Tennant (sim, o
Barty Crouch Jr. de Harry Potter).
O Décimo Doutor foi mais audaz e impetuoso que o anterior, também foi mais bem construído, trazendo referências em sua personalidade a cada um de seus nove antecessores.
Também foi o mais sofrido e amargurado. Na minha humilde opinião, o melhor. Sua derradeira frase sai com dificuldade e dói no coração de cada
whovian: “
I don’t wanna go!”
Décimo Primeiro Doutor
Matt Smith, ex jogador de futebol, assume a encarnação seguinte do Doutor, porém começa fraco e quase um personagem secundário nas histórias de
Amy Pond.
É isso: por alguns anos vemos o fim das aventuras de Doctor Who e, em seu lugar, a história de Amy Pond, ficando o Doutor em segundo plano. O Décimo Primeiro Doutor é apenas uma sombra do que um dia havia sido, representado por um ator perdido e excessivamente infantil.
A melhor coisa que aconteceu para a série foi, próximo ao final, terem tirado Amy Pond e introduzido
Clara Oswald, The Impossible Girl. Então as coisas começam a ficar interessantes…
Com
Jenna Coleman, atriz que interpreta Clara, Matt tem química e o Doutor começa a crescer, ao ponto de, ao final de sua atuação, ele ter quase superado seus antecessores, de dar tristeza quando ele sai do papel. Sentiremos falta de Matt Smith, do ótimo Doutor que ele se tornou! Vemos muito do
Primeiro e do
Segundo Doutor no Doutor de Matt Smith que evoluiu no final.
O Doutor Guerreiro
Então, no filme
The Day of the Doctor introduzem o magnífico ator
John Hurt no papel do Doutor Guerreiro (The War Doctor no original), uma encarnação intermediária entre o Oitavo e o Nono Doutor.
Na verdade John Hurt já é apresentado nesse papel em dois episódios anteriores,
The Name of the Doctor e
The Night of the Doctor.
O Doutor Guerreiro é um homem assombrado por seus crimes de guerra e pelo que ele pretende fazer (
spoilers, sweetie). Em sua personalidade, ele é e não é o Doutor ao mesmo tempo – e John Hurt representa isso de modo espetacular.
Décimo Segundo Doutor
Até agora a última encarnação do Doutor entra no final de 2013, na pele de
Peter Capaldi.
O Décimo Segundo Doutor lembra muito o
Terceiro Doutor, tanto em sua personalidade quanto em seu jeito de vestir, no entanto é preciso admitir que Capaldi entrou com o pé esquerdo no papel: faz um Doutor antipático, desagradável e confuso e não tem a menor química com Jenna Coleman, o que torna os episódios ruins.
No entanto ele demonstra alguns vislumbres de um Doutor bem representado aqui e ali, o que vai melhorando ao longo de sua primeira temporada, que termina até bem. Ainda não assisti a segunda temporada do Décimo Segundo Doutor, mas se Capaldi continuar entrando no personagem como vem gradativamente fazendo, promete ser muito melhor que a anterior.
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Bem, essas são minhas impressões enquanto fã de Doctor Who, a série de ficção científica mais antiga em exibição.