É cool ser de Direita
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Crazy Glorita associa todas as características de Esquerda Política a velhos caquéticos e as de Direita a ser cool. Para tanto, ela emula um discurso “centrista” que trata a inexperiência do jovem como virtude. Associado a essa inexperiência, é valorizado indiretamente o desconhecimento, que permite que o jovem se encante e compre como novo ideologias jurássicas.
Tudo isso, claro, evitando transparecer essa estratégia vil de desinformação.
Mas não é esse ponto que pretendo criticar… quero me ater a sua defesa do comportamento egoísta.
Começa dizendo que o egoísmo não é bom, nem ruim, tirando do interlocutor o direito de questionar o principal argumento implícito em todo restante do discurso: que egoísmo seria algo bom. Essa é uma retórica tremendamente desonesta.
Entendendo isso, ela usa duas falácias para defender a postura egoísta:
1A primeira é a da inversão de valores: “se tudo mundo aceita como verdade, deve estar errado”;
2A segunda é a falácia da natureza: “se é natural, é bom”.
Se o senso comum toma algo por certo, não significa que esteja certo… nem que esteja errado! É preciso sempre questionar, entender até onde algo é factível ou falso, mas questionar dá trabalho, raciocínios prontos são muito mais fáceis.
Aceitar não demanda esforço.
Quanto à falácia da natureza, a quem acha que tudo que é natural seja bom, sugiro uma terapia de coisas bem naturais, como cicuta, ou veneno de cobra.
Em resumo: é um discurso muito bem trabalhado, baseado na lógica rasa que consiste em substituir a verdade por aquilo que o interlocutor quer ouvir, no caso do jovem de qualquer geração, que a geração dele é superior às anteriores e que ele merece ser tratado pelo mundo como de alguma forma “melhor” que as demais pessoas.
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