2010-02-22

Falácias pseudotecnológicas contra o FLOSS

Tux O crescimento da liberdade tecnológica tem incomodado fortemente os grupos empresariais e políticos que controlam e monopolizam o poder e o conhecimento.

Um dos principais vetores da liberdade tecnológica é o FLOSS – Free/Libre and Open Source Software. Algumas pessoas se enganam quanto as vantagens e características do FLOSS, mas quando grandes empresas de tecnologia, empresas midiáticas e até associações, que têm o conhecimento para saber a verdade, espalham inverdades, elas estão de má fé e querem prejudicar VOCÊ em benefício do lucro próprio.

Seguem algumas mentiras descaradas que os aparelhos de marketing inventam na tentativa de controlar VOCÊ:

  • O FLOSS não possui todas as funcionalidades de configuração, gerenciamento e integração quanto software proprietário como o Windows.

Na verdade o FLOSS pode possuir até mais funcionalidades que o software proprietário. A propósito, na comparação GNU/Linux vs. Windows, a superioridade do FLOSS é clara e incontestável, é preciso querer muito não ver para imaginar o contrário.

Na prática o FLOSS é mais configurável, mais personalizável e mais adaptável que o software proprietário por não estar limitado aos interesses de uma empresa ou de um grupo empresarial, podendo assim ser desenvolvido continuamente de acordo com os interesses dos próprios usuários.

[update 2010-02-23]
Veja a resposta ao FUD de um colunista da Microsoft Technet.
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  • Leis que dão preferência ao FLOSS ou tornam-no obrigatório são prejudiciais.

A visão aqui é que tais leis beneficiariam algumas empresas em prejuízo de outras. Difícil conceber mentira mais deslavada.

Estamos falando de opção filosófica na escolha do licenciamento, não das empresas.

Os licenças proprietárias amarram ao fornecedor o cliente, que se torna escravo e dependente, já que não pode trocar de fornecedor sem trocar toda a estrutura implementada.

Já quando o software é de código aberto, o fornecedor poder ser substituído por outro – ou até mesmo por equipe interna – quando for conveniente, libertando o cliente da dependência, seja ele uma empresa, um órgão governamental ou VOCÊ.

Isso sem pirataria ou ilegalidade.

E toda e qualquer empresa pode liberar software sob licença de código aberto, inclusive a Microsoft.

  • A migração para o FLOSS custou caro para os cofres públicos.

Não tão caro quanto a simples renovação de licenças proprietárias. Adicione a isso a aquisição de novas licenças e o orçamento vai pra Júpiter.

  • O TCO do FLOSS é superior ao do software proprietário.

Esta afirmação é baseada na falsa teoria de que os leigos já aprendem sobre software proprietário através do contato que travam com ele pela imposição do mercado.

Mentira! Coloque um leigo para administrar um sistema e ele vai simplesmente destruir tudo!

Já foi provado por comparação que o TCO (total cost of ownership) do software proprietário é sensivelmente superior ao do FLOSS. Somente pesquisas pagas e coordenadas pela própria Microsoft afirmam o contrário.

  • FLOSS é de graça e tudo que é de graça é ruim.

Não satisfeito por ter sido desmentido, o corruptor contradiz a si mesmo e trata como pejorativamente gratuito algo que ele próprio já havida dito antes ser muito caro.

O «F» de FLOSS não significa gratuito, daí o «L» que o segue: free/libre.
Free as in Freedom, not as in free beer — Livre como em Liberdade, não como em cerveja de graça. (R. M. Stallman)

O gasto com FLOSS não é na aquisição de licenças, que deveriam ser públicas, mas na contratação de serviços.

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Alguns apontadores que coletei sobre o assunto:

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  • FLOSS é comunista e contra o Capitalismo

FLOSS não é contra o Capitalismo (eu sou) e muito menos comunista (eu sou)… FLOSS é contra o desrespeito ao consumidor.

Se você é consumidor (e quem não é?) e não quer ser desrespeitado, dê preferência ao FLOSS.

  • Ninguém sério usa FLOSS.

Precisamos então avisar algumas organizações que elas não são sérias:


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Espero que este artigo tenha sido esclarecedor.

[]’s
Cacilhas, La Batalema