2010-02-11

Falácias do Ateísmo

Ergo sum Tenho amigos ateus assim como amigos evangélicos, católicos, xiitas e até judeus. Este artigo não é sobre eles, é sobre os ateus fanáticos.

Os ateus fanáticos insitem em algumas falácias e tentam evangelizar as pessoas para o Ateísmo.

Seguem três delas:

Religião induz a comportamento autodestrutivo

O André do blog (pseudo)ceticismo.net escreveu um artigo sobre um idiota rapaz que morreu afogado após tomar o chá do Santo Daime.

No artigo, André faz das tripas coração para tentar provar que o rapaz se matou por culpa do Santo Daime.

Segundo a lógica distorcida de André o chá levaria seus usuários a adotar comportamento autodestrutivo, o que eventualmente poderia se concretizar em suicídio.

Se essa abobrinha fosse verdade, o índice de suicídio entre daimistas deveria ser maior do que a do resto da população, ou pelo menos a espectativa de vida de daimistas deveria ser menor, devido ao comportamento inconsequente ou a algum suposto mal fisiológico consequente do consumo do chá.

Se nosso amigo desinformado tivesse feito o dever de casa saberia que, durante estudo sócio-cultural conduzido durante as décadas de 1980 e 1990, o CONAD averiguou que as populações de daimistas apresentavam um número constrangedoramente alto de pessoas com mais de 80 anos, todas em perfeito estado de saúde, ao contrário das comunidades não-daimistas nas mesmas condições, que apresentavam baixíssima espectativa de vida e pouca saúde no fim da vida.

Sabendo disso, a argumentação do André se mostra inválida. Um ganhador do prémio Darwin não justifica condenar toda uma comunidade.

Os mais novos dados sobre o chá podem ser encontrados no sítio do CONAD.

Restam ainda duas possibilidades…

Algumas pessoas possuem predisposição genética e/ou memética para o comportamento autodestrutivo potencialmente suicída. Costumo chamar essas pessoas de idiotas e algumas até são premiadas por isso.

Algumas pessoas argumentam que religiosos são idiotas, mas isso desabilitaria qualquer argumentação antirreligiosa, já que a conversão religiosa seria determinística.

Sempre que um religioso ganha um prémio Darwin, os ateus fanáticos dizem que não foi idiotice, mas que o comportamento autodestrutivo foi induzido pela Religião.

Assim esses idiotas não seriam originalmente idiotas, mas teriam adotado comportamento autodestrutivo devido à Religião.

Seguindo essa lógica, nenhum religioso seria realmente idiota, mas estaria simplesmente induzido.

Está bem, está bem… há os idiotas e há os induzidos… mas pela lógica dos ateus fanáticos sempre que algum religioso se mata ele foi induzido, portanto não existe religioso idiota.

Por outro lado, quando um ateu se mata, segundo o prisma dos ateus, não é porque o Ateísmo priva o homem de um conformo espiritual, levando-o à depressão. A desculpa é sempre idiotice.

Portanto existe ateu idiota.

Se não existe religioso idiota e existe ateu idiota, por lógica simples se deduz necessariamente que todo idiota é ateu.

Ou isso ou todo lugar tem idiota, vai da cabeça do leitor o que faz mais sentido.

O Ateísmo induz a conduta moral

Sim, já ouvi muito isso!

Pela lógica do ateu fanático, como o Ateísmo não impõe castigo post mortem, os ateus adotam uma conduta moral voluntariamente.

Mas todo ateu adota uma conduta moral?

As estatísticas dizem que sim apenas porque, chegando no xilindró, todo mundo prefere dizer-se evangélico a virar a moça da cela. Ou seja, há ateus psicopatas e sociopatas, mas quando a situação aperta, lançam mão da hipocrisia para proteger-se.

Um psicopata é um psicopata, ateu, evangélico ou católico. Só que se o psicopata/sociopata acreditar em uma religião que lhe impõe castigos no além, ele se controla, salvando a sociedade de suas crueldades.

Isso o Ateísmo não pode fazer pela sociedade.

Ateísmo é Ceticismo

Ateísmo é a crença na inexistência de um deus, portanto, excluindo a ideia de Ceticismo.

Mas há os pseudocéticos, que são ateus, materialistas ou sensualistas que, pela característica negativa de suas crenças, confundem-nas com Ceticismo.

Ceticismo é dúvida, não é negação. Negar é crer – crer no contrário, mas ainda assim crer.


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Tenho um lado religioso (não sigo religião alguma, são crenças pessoais) e outro cético, e meu lado cético é o que se sente mais ofendido quando pseudocéticos e ateus fanáticos fazem sua evangelização.

[]’s
Cacilhas, La Batalema