Identidade linguística
Identidade não é algo que separa as pessoas, é algo que une, conecta.
No ano de 1993 os (na época) sete países lusófonos se reuniram num esforço para unificar e regular a Gramática Oficial da Língua Portuguesa, com o fim de torná-la mais regular – sem tantas exceções – e simples, e para respeitar oficialmente as peculiaridades de cada país.
O trabalho teve sucesso e todos os países se comprometeram em oficializar a nova gramática universal em 1995.
Veja que tal esforço conecta culturalmente todos os lusófonos, compartilhando uma identidade linguística única sem prejudicar os elementos culturais específicos de cada nação – pelo contrário, enriquecendo.
No entanto ao atualizar a gramática, os professores precisariam se atualizar também e o governo tucano achou que com isso poderia perder os votos dos professores, portanto decidiu manter a gramática antiga.
Assim, em 2000 o Brasil era o único de oito países lusófonos a usar uma gramática desintegrada, obsoleta e mais complicada. Ganham os corruptos, perdem os alunos.
Em 2005 nosso governo centro-esquerdista¹ finalmente resolveu atualizar nossa gramática, livrando o Brasil de seu isolamento cultural, o que só aconteceu de fato neste ano, 2008.
A partir daí você tem dois caminhos: aprender uma nova gramática mais fácil e deixar aquele peso pra trás ou ser um retrotio² e remar contra a corrente.
Para começar, é uma boa ler essa introdução, mas sugiro a aquisição de uma gramática (livro).
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Cacilhas, La Batalema
¹Centro-esquerdista: segundo a Gramática da Língua Portuguesa, base XV, «emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação».
²Retrotio: palavra emprestada de Luli Radfahrer, significa um indivíduo engessado, desprovido de critério e que vive de passado sem reconhecer a evolução das coisas. É usada em contraposição a cibertio, indivídio também desprovido de critério, mas que ignora o passado e não reconhece o legado das coisas.