Crise para quem quer crise II
Tenho uma confissão a fazer: não tenho acompanhado direito a crise mundial. Tenho assistido o que a Band News tem a dizer sobre o assunto com muita frequência, mas não tenho dado a devida atenção.
Não tenho dado a devida atenção por alguns motivos relevantes…
Primeiro porque o Capitalismo já não anda bem das pernas desde o começo. Pequenas crises – cada uma maior que a anterior – veem ocorrendo regularmente desde 1930.
Segundo porque somente um asno humano não é capaz de perceber que especulação financeira é roubo descarado, crime, e não ficaria eternamente impune.
Terceiro porque nossa economia se tornou escrava da norte-americana durante os oito anos de rapto da nação nas mãos da CIA do PSDB. Mas graças a Deus, contra minhas próprias espectativas, Lula conseguiu resgatá-la a tempo de evitar o pior.
Sabia que o Brasil chegou a ser a terceira maior potência em tecnologia do mundo no final do regime militar e durante a reserva de mercado? Hoje em dia, com a abertura do mercado, não está nem entre os dez primeiros.
Alguns economistas apontam a abertura de mercado como a melhor coisa para o mercado de computação interno. Não entendo como a transformação do Brasil de produtor de tecnologia em consumidor de tecnologia pode ter sido bom.
Sim! Você aí, programando em seu magnífico Visual Studio .NET, não é um produtor, mas um consumidor. Você simplesmente agrega componentes criados lá nos States usando uma ferramenta criada também lá nos States.
O Eclipse é uma maravilha pra programar, né? Também acho… mas é tecnologia importada.
Sabe o que temos aqui? A linguagem de programação Lua foi desenvolvida aqui!
O C, apesar de ter sido desenvolvido lá, é suficientemente aberto para que criemos compiladores nacionais – como existia há vinte anos atrás.
Há muito o que se falar sobre cada tipo de tecnologia, mas não vem ao caso agora. Agora falamos de crise.
Não sei o que vai acontecer a frente, mas espero realmente que as pessoas se toquem e que o mundo comece a mudar em vez de os especuladores empurrarem as coisas com a barriga até a próxima crise, daqui a uma geração (e quando digo «as pessoas», não quero dizer só nós brasileiros: falo do mundo todo, inclusive os estadunidenses).
[]'s
Cacilhas, La Batalema