A beleza da blogsfera
Provavelmente estou equivocado em muitas de minhas suposições, mas na condição de «apenas mais uma alma na multidão» tenho o direito de equivocar-me (e o dever de corrigir-me, claro).
Este não é um pedido de desculpas, apesar da introdução. Mantenho as posições expostas nas Reflexões de Monte Gasppa e Giulia C. (até que alguém me convença do contrário, afinal não sou inflexível).
Apenas estou usando a mim mesmo como exemplo do tópido desta postagem. Já toquei sutilmente neste assunto antes e agora quero explicitá-lo.
A beleza da blogsfera (neologismo originado do inglês blogsphere, que não é a ferramenta Blogsphere) está aqui: antes somente uns poucos tinham capacidade de expor suas opiniões, tornando-as assim automaticamente verídicas, por mais equivocadas que fossem. Agora, com a blogsfera, quase todo mundo – ou pelo menos os internautas – pode expor suas idéias.
Através de um prisma mais amplo, mais ângulos diferentes de visão, é possível formar uma idéia muito melhor sobre os fatos, libertando as pessoas – pelo menos as que têm acesso – da escravidão intelectual vigente.
As academias científicas escravizam o pensamento, determinando convenientemente o que pode ou não ser chamado «científico».
Por exemplo: Ufologia…
Ufologia geralmente representa a primeira pazada de terra sobre a cova onde o ufólogo jogou sua carreira. No entanto, estatisticamente falando é um campo plausível.
Não creio nem descreio na Ufologia, sou cético mas não contra. Apenas acho que o argumento acadêmico contra a Ufologia não é válido.
O argumento usado é o seguinte: toda ciência deve ter um objeto palpável de estudo. Então vamos esquecer a Psicologia.
Ou a Astronomia: alguém aí já manipulou uma estrela? Ou um planeta?
Outro argumento totalmente estúpido que muitos usam é: «a ausência de evidências é evidência de ausência».
Gente, isso é umas das coisas mais idiotas e ignorantes que alguém pode dizer!
Temos evidência de apenas umas poucas espécies viventes no período anterior a sessenta e cinco milhões de anos atrás, o que não significa que não houvesse outras espécies, apenas o «objeto de pesquisa» é fugaz.
São os mesmos argumentos usados contra o estudo da sobrevivência da alma à morte corporal.
Há ainda outro argumento mais cretino que os anteriores: «se algo pode ser fraudado, então é automaticamente uma fraude».
Então o World Trade Center não caiu! Está lá ainda e os nova-iorquinos estão mentido! Porque já vi muitas fotos fraudadas do evento.
O homem também nunca pisou na Lua, porque o evento pôde ser fraudado.
Percebem como o argumento é tendencioso?
Também as instituições religosas escravizam o pensamento, por meio de adestramento e mutilação de idéias.
Como conversamos eu e meu amigo Walter, toda instituição religiosa nasce da crença na infalibilidade de uma pessoa ou, na melhor das hipóteses, de um grupo de pessoas.
O poder das instituições religiosas é diferente do poder de uma empresa: em vez de investir financeiramente para manter o status quo, as instituições adestram o maior número possível de mentes e são elas que manterão o status quo, sem que a instituição religiosa gaste um centavo.
Adestramento de pensamento. Já parou para pensar se suas idéias são suas mesmo?
Claro, não podemos extremar: nossas idéias são fruto da interação de nossa essência com o contexto onde estamos inseridos. Mas até que ponto a sociedade nos afeta?
Tendo exposto todos esses fatores, volto ao assunto dizendo: como muitas pessoas podem expor seus pontos de vista na blogsfera, temos acesso a mais ângulos de visão e quanto mais diversos são, melhor podemos entender os fatos.
É a beleza da blogsfera! Liberdade intelectual.
Do caos surge alguma ordem, o princípio básico do Universo, entropia: .
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