Bons advogados

Estava assistindo no Discovery Channel um programa sobre uma mulher que, tendo sofrido violência doméstica na casa dos pais, se casou com um homem com histórico de violência contra mulheres.

O marido a agredia, estuprava e desrespeitava, encenando uma falsa imagem em público.

Extremamente afetada, psicologicamente doente devido a uma vida inteira de abusos, um dia a mulher enganou o marido – que estava drogado de cocaína – oferecendo sexo selvagem se ele a deixasse amarrá-lo à cama.

O marido cedeu e, depois de amarrado, a mulher em seu limite emocional esfaqueou o marido cento e noventa e três vezes.

Depois, muito perturbada, com medo de que ele se levantasse – já sem mais perceber causalidade –, enterrou-o no jardim.

Uma semana depois se entregou à polícia, tendo bloqueado as lembranças de boa parte do ocorrido.

Até aqui tudo bem.

Temos uma mulher doente, que cometeu um crime, necessitando tratamento psiquiátrico. Mas não foi o que aconteceu…

A promotora, uma ótima advogada, usou de muita encenação e pressão psicológica para provar que a ré era simplesmente uma assassina e que o marido era um exemplo de perfeição. Estranhamente conseguiu.

O júri não conseguia se colocar no lugar da ré… nem da vítima, pois o marido foi santificado em julgamento!

O fato é que, para o júri norte-americano – e para nós brasileiros, baba-ovos de norte-americanos –, a verdade é irrelevante diante do habilidade de manipulação e desinformação de um bom advogado. E para um bom advogado, a verdade é irrelevante diante do pagamento que eles recebem para defender meias verdades.

Bons advogados não garantem a prisão de criminosos nem a soltura de inoscentes… bons advogados prendem inoscentes e libertam criminosos ao manipular a verdade para criar desinformação.

É como o caso do assassinato de Isabella Nardoni: puro circo!

A mídia golpista usa o caso para entorpecer o raciocínio da grande massa. Onde já se viu uma empresa ter exclusividade sobre a cobertura de um crime?

E quem são os culpados? Nunca saberemos… saberemos apenas quem pode pagar os melhores advogados.

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Cacilhas, La Batalema