Crítica à inclusão digital
Diz-se que inclusão digital é a democratização do acesso a tecnologias da Informação. Discordo em parte.
Discordo da forma como é entendida a expressão «democratização do acesso».
Hoje em dia se entende por «democratização do acesso» oferecer maquinário de baixo custo e cursos que adestram o leigo a usar e adorar produtos de determinadas empresas.
Democratização do acesso deveria ser o ato de fornecer à população ferramentas culturais para auto-aprimoramento através de tecnologias da Informação.
Por exemplo: meu vizinho comprou computadores para toda a família, mas pra quê? Pra fazer página no orkut dizendo que eles são foda, que «nóis porra» e «nóis estrupa». =P
Claro, conheço eles e sei que é só pressão: mas hoje em dia é «bonito» dizer essas coisas e todo o uso da Internet deles se resume a isso.
Agora, pense bem: que inclusão digital é essa?
Computador, Informática, Internet… nada disso presta sem Educação.
Se buscamos qualquer tipo de inclusão, precisamos começar pela Educação. E Educação não é instrução! Muito menos instrução de uso de produtos.
Conhecimento básico, não somente de Informática, mas principalmente da evolução da Computação, na escola tradicional – em vez de cursinhos de merda de Windows, Office e de vez enquanto de Corel Draw ou Photoshop –, estudo de lógica e algoritmo básico associado à Matemática Fundamental tradicional e reiteração cultural são essenciais para uma verdadeira inclusão social nos tempos atuais.
Fica então levantada a bandeira!
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Cacilhas, La Batalema