Fora da caridade não há salvação
Participei há uns anos de uma iniciativa espírita – esclarecendo: não sou espírita! – chamada «Campanha da Sopa».
A Campanha da Sopa consistia no seguinte: os integrantes arrecadavam alimentos e agasalhos regularmente e, toda semana, na quinta-feira de madrugada, todos se juntavam, faziam um sopão com os alimentos e saiam pela noite distribuindo sopa a agasalhos para as pessoas que dormem na rua.
É claro que há criminosos e irresponsáveis dormindo na rua, mas a grande maioria é de pessoas cuja vida deu uma volta infeliz e precisam de ajuda para se reerguer – então providenciávamos esta ajuda.
Mais tarde descobri que havia mais três grupos de Campanha da Sopa em três outros dias da semana: outro espírita, um católico e um de ateus.
Fiquei curioso, pois a semana não tem apenas quatro dias e há muitas outras entidades religiosas que poderiam estar preenchendo as lacunas. Como tenho amigos de diversas religiões – evangélicos, judeus, muçulmanos, hiduístas, etc. – procurei por estes, questionando sobre a Campanha da Sopa.
Claro, tive respostas das mais diversas, mas a mais frequente foi esta: «basta que esses necessitados se convertam a nossa religião e receberão ajuda».
Isso realmente me aborrece.
O que é mais importante: a conversão ou a caridade?
Se você, leitor, for cristão, pergunto então: o que é mais compatível com a mensagem cristã?
Se alguém tiver a falta de caráter de responder que é a conversão, sugiro que leia o capítulo XIII da 1ª carta de São Paulo Apóstulo aos Coríntios.
Todos têm suas verdades absolutas, a minha é esta: «fora da caridade não há salvação».