Alfred Russel Wallace
Alguém já ouviu falar de Wallace? Foi o criador da teoria da evolução das espécies.
— Peraí... esse não foi Darwin?
Vamos esclarecer essa história...
Wallace lançou sua teoria da evolução das espécies antes de Darwin. Segundo o senso comum, a teoria de Wallace seria menos desenvolvída e/ou pesquisada do que a de Darwin, mas isso não passa de especulação a favor do darwinismo. Wallace viajou o mundo, pesquisou e desenvolveu sua teoria tanto quanto Darwin.
Aliás, sua teoria era muito similar à divulgada tempos depois por Darwin. Segundo a história oficial, por puro acaso (caro leitor, você ainda verá esta palavra novamente neste artigo); segundo quem possui um mínimo de discernimento, porque Darwin leu as publicações e Wallace e complementou sua própria obra.
Só que Wallace cometeu um simples erro. Não um erro científico, mas social: ele não corrompeu sua teoria, modificando-a para um formato que agradasse a sociedade científica materialista vitoriana.
Wallace também falou da seleção natural, da sobrevivência do mais adaptado e tudo mais que Darwin citou, mas um ponto chave diferenciava sua teoria da teoria de Darwin.
Darwin justificava as mutações pelo acaso enquanto Wallace acreditava que «para todo fenômeno inteligente deve haver uma causa inteligente».
No entanto que causa é essa? Não sabemos. Foi o que Wallace disse: «não sabemos». Ele também falou de Deus – sim, demonstrando uma boa dose de religiosidade apesar do ceticismo –, mas a base é «não sabemos».
Porém a comunidade científica é vaidosa e se julga onisciente, portanto jamais poderia aceitar tal argumentação.
Se algum ignorante seletivo quiser defender esta posição prepotente, gostaria de lembrar que Lord Kelvin alegou que a ciência era suprema e não sofreria mais alterações futuras, depois toda sua «ciência suprema» caiu por terra com os trabalhos de Einstein, Bohr, Caprapt e outros – ou alguém ainda quer aplicar Newton a partículas subatômicas?
Vamos agora às conclusões práticas resultantes da diferença das duas teorias.
Segundo Darwin, como as mutações ocorrem por puro acaso, uma mesma evolução não pode ocorrer duas vezes. Segundo Wallace, como há uma causa inteligente desconhecida por trás da evolução, uma mesma evolução pode se repetir.
Ou seja, considerando o darwinismo, o camaleão africano e a siba (um cefalópode) deveriam ter um ancestral comum, e as características comuns deveria ser compartilhadas por toda linhagem anterior às duas espécies até as mesmas – o que não é verdade. Vejam vídeos do camaleão africano e da siba e entenderão o que estou dizendo.
Fica aqui então um questionamento: será sensato considerar o conhecimento humano onisciente e atribuir ao acaso tudo aquilo que não compreendemos? Será que existe acaso?