2012-05-12

Meu rouxinol



Durante nove meses lutamos contra uma doença ingrata. Vi meu rouxinol se tornar uma crisálida…

Doeu muito, mas estive a seu lado o tempo todo nos últimos seis meses, fiz de tudo para dar-lhe qualidade de vida. Mantive-a a meu lado, em casa, com a família, seus gatinhos, assistindo TV, tomando banhos de sol e orando com os amigos.

Não a coloquei em um depósito humano hospital para morrer. Sua expectativa de vida foi superada em meses, sua qualidade de vida foi muito além do que os médicos supunham.

No final, o corpo muito frágil não resistiu mais à doença e a crisálida se rompeu, permitindo que o espírito se libertasse como uma borboleta.

Porém, em todo esse processo, aprendi muito… aprendi muito sobre
o quanto os médicos não sabem o que dizem;
o quanto essa doença é cruel;
o quão longe vai minha força;
o quanto minha abelhinha é guerreira;
o quanto a medicina é desumana.

Aprendi muita coisa sobre medicamentos tradicionais; medicamentos proibidos (e por que são proibidos); técnicas de enfermagem; tecnologias medicinais.

Mais importante: aprendi sobre o ser humano, sua prepotência, fraquezas e riqueza de espírito.

Agora preciso de tempo para vencer a dor, digerir tudo isso e transformar em algo útil, que ajude as pessoas.

Isso vai dar muito trabalho…

Restam-me as últimas palavras de meu rouxinol: Eu já sinto muito orgulho de você.

[]’s
Cacilhας, La Batalema