Que os pobres louvem os pobres
Mais um ótimo artigo no blog Trezentos: Que os pobres louvem os pobres.
Segue uma palhinha:
São dois fundamentalismos – opostos entre eles – que criticam o governo Lula em nome de uma mesma fé na moeda: «In God we trust» está gravado nas notas do dólar, «Deus seja louvado» naquelas do real. Para uns, o mercado é Deus, com suas taxas de juros (e lucro). Para outros, Deus é o Estado e suas taxas de crescimento (industrial) e pleno emprego.
Nos dois casos, o critério de justiça é transcendental: o dinheiro é divinizado. Nele, o valor assume uma existência soberana. A vida vai depender do dinheiro, e não o dinheiro da vida.
Claro, as duas justiças não são equivalentes: a religião do mercado não distingue entre ganhos financeiros e lucros industriais – para seus sacerdotes, Lula é o diabo que inferniza o paraíso terrestre dos ricos. A dogmática do Estado afirma a necessária inclusão dos pobres pelo emprego industrial. No segundo caso, chega-se até a indignar-se diante da miséria.
Boa leitura!
[]'s
Cacilhas, La Batalema