Crônicas do malandro mané carioca, ou «volta pro colégio!»
Tem uma coisa que descobri: por volta de nove em cada dez malandros é mané.
Hoje na fila do caixa do banco demorei mais do que precisava porque:
- Havia duas pessoas com carência emocinal que, após terem terminado suas transações, continuaram alugando os caixas com problemas pessoais.
- Um mané segurou justamente o caixa com quem eu precisava falar, tentando diversas formas de engabelamento.
O mané tinha umas cinco ou seis contas a pagar.
Deu a primeira conta e perguntou quando era. A menina do caixa respondeu um valor uns centavos maior do que R$6,00. O cara deu um bolo de dinheiro dizendo que estava certo.
A menina contou e disse que faltava um tanto – acho que da primeira vez faltavam R$0,25 – e o mané, fazendo cara de parede, completou.
Depois de efetuado o pagamento, a menina do caixa perguntou se tinha mais alguma coisa, e o cara respondeu que sim, passando a segunda conta.
O mesmo procedimento foi efetuado: ela disse que era x, ele entregou um bolo de dinheiro, a menina disse que faltavam R$1,00 e tanto, ele completou.
Ela perguntou se havia mais alguma e quantas contas faltavam, e ele entregou a terceira conta.
O mesmo procedimento se repetiu então para cada uma das contas, sempre sem informar quantas faltavam e sempre dando um bolo de dinheiro que não completava o valor da conta.
P☆#☠ que pariu!
Ou o cara se acha muito malandro – que mané! – ou não sabe calcular, pagar contas, nem usar dinheiro!
Acho que deveria ser feita a exigência do cliente saber pelo menos as quatro operações matemáticas básicas e também que se o caixa deveria ter a restrição de perguntar «Mais alguma coisa?» somente uma vez… não informou tudo, que se f☃!@, volta pro fim da fila!
Tem dois ditados que adoro:
- Malandro é malandro, mané é mané.
- O malandro de verdade conhece as vantagens da honestidade: é honesto só por malandragem.
[]’s
Cacilhας, La Batalema