2011-10-17

Crônicas do malandro mané carioca, ou «volta pro colégio!»

Baal
Tem uma coisa que descobri: por volta de nove em cada dez malandros é mané.


Hoje na fila do caixa do banco demorei mais do que precisava porque:

  1. Havia duas pessoas com carência emocinal que, após terem terminado suas transações, continuaram alugando os caixas com problemas pessoais.
  2. Um mané segurou justamente o caixa com quem eu precisava falar, tentando diversas formas de engabelamento.


O mané tinha umas cinco ou seis contas a pagar.

Deu a primeira conta e perguntou quando era. A menina do caixa respondeu um valor uns centavos maior do que R$6,00. O cara deu um bolo de dinheiro dizendo que estava certo.

A menina contou e disse que faltava um tanto – acho que da primeira vez faltavam R$0,25 – e o mané, fazendo cara de parede, completou.

Depois de efetuado o pagamento, a menina do caixa perguntou se tinha mais alguma coisa, e o cara respondeu que sim, passando a segunda conta.

O mesmo procedimento foi efetuado: ela disse que era x, ele entregou um bolo de dinheiro, a menina disse que faltavam R$1,00 e tanto, ele completou.

Ela perguntou se havia mais alguma e quantas contas faltavam, e ele entregou a terceira conta.

O mesmo procedimento se repetiu então para cada uma das contas, sempre sem informar quantas faltavam e sempre dando um bolo de dinheiro que não completava o valor da conta.

P☆#☠ que pariu!

Ou o cara se acha muito malandro – que mané! – ou não sabe calcular, pagar contas, nem usar dinheiro!

Acho que deveria ser feita a exigência do cliente saber pelo menos as quatro operações matemáticas básicas e também que se o caixa deveria ter a restrição de perguntar «Mais alguma coisa?» somente uma vez… não informou tudo, que se f☃!@, volta pro fim da fila!

Tem dois ditados que adoro:
  1. Malandro é malandro, mané é mané.
  2. O malandro de verdade conhece as vantagens da honestidade: é honesto só por malandragem.


[]’s
Cacilhας, La Batalema