Coletânea de ideias
Ultimamente tenho estado bastante ocupado com mudança e preocupações relacionadas, por isso não tenho escrito muito para o blog.
Como hoje estou de molho por causa de uma gripe forte, resolvi aproveitar parte do tempo na cama para escrever este artigo bem genérico sobre coisas que tenho pensado e não tenho tipo tempo ou cabeça para publicar.
Por uma língua melhor
Também fiquei revoltado com os textos extraídos do livro Por uma vida melhor, de Heloisa Ramos, principalmente a parte que ensina como português correto dizer «os livro».
É claro que há toda uma bagagem histórica por trás da supressão do plural, a mesma por trás da supressão do R do final dos verbos – como quando dizemos «andá» em vez de «andar» –, porém é preciso bom senso para lidar com isso.
No entanto comecei a ver muita gente defendo o livro, pessoas inteligentes. A princípio imaginei que se tratasse apenas de síndrome da teoria da conspiração, mas depois de ler alguns textos e pensar muito sobre o assunto, percebi que nenhuma das matérias criticando a adoção do livro contextualiza os textos destacados.
Ou, em outros termos, as críticas descontextualizam seu objeto.
Resolvi então não assumir qualquer opinião sobre o assunto antes de ler o livro didático e sugiro que todos façam o mesmo.
Não tenho a quem processar
Veio a meus ouvidos que no ISTCC-P alguns professores voltaram a ensinar os alunos a nunca usar Software Livre, sob a alegação de não terem a quem processar em caso de falha.
Esta visão só pode se originar de dois tipos de pessoa: ¹acadêmicos sem qualquer visão profissional e ²profissionais mafiosos que ganham dinheiro divulgando desinformação.
Como prefiro acreditar primeiro na boa fé das pessoas, presumo que os professores que dizem isso são acadêmicos alienados.
Por que digo isso? Vamos lá…
Você já leu alguma daquelas licenças que vêm com os programas e você é obrigado a concordar?
Pois é, a grande maioria delas – pelo menos todas as que já li – excluem a responsabilidade do fabricante/proprietário sobre qualquer dano que você venha a sofrer. Isso mesmo.
Como as pessoas acreditam que têm a quem processar por padrão, não se preocupam em incluir cláusulas de responsabilidade quando contratam soluções baseadas em software proprietário.
Já empresas que vendem soluções baseadas em software de código aberto geralmente incluem cláusulas de responsabilidade para tranquilizar seus clientes. Sei disso por experiência própria.
Mas o segundo motivo pelo qual a alegação da falta de a quem processar seja falaciosa é ainda mais divertido…
Imagine que sua vida dependa direta ou indiretamente de um software, como elevadores, aviões e equipamentos hospitalares. Ter a quem processar em caso de falha é extremamente irrelevante porque morto você não processa ninguém.
Então é preferível ter um software com baixo risco a ter a quem processar. Software de código aberto está exposto para a crítica do mundo todo, o que traz à luz falhas que não seriam detectadas por uma pequena equipe de visão viciada, para que possam ser rapidamente corrigidas; enquando que software proprietário tem seu código restrito aos interessados em que você o compre, independente de se vai funcionar bem ou não, portanto falhas não evidentes – inclusive conhecidas – serão omitidas, não corrigidas, principalmente se o dinheiro gasto com processos for menor do que o investimento necessário para corrigi-las.
Música
Pretendo escrever um artigo sobre Riverside, a banda de Mariusz Duda, autor do trabalho Lunatic Soul.
Mas ainda preciso escolher qual clip colocar no artigo. Se fosse sobre Lunatic Soul, certamente seria Summerland, minha preferida desse trabalho, mas quanto a Riverside preciso pensar bem ainda.
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É isso aí! Deixo aqui então esta coletânea de ideias.
[]’s
Cacilhας, La Batalema