2010-09-04

Bizarrices cotidianas

Heim? São incríveis as sitações bizarras que presenciamos no dia-a-dia…

Segue uma pequena coletânea de algumas últimas das quais fui espectador:

Tirando onda pra onda não me tirar


Estava eu no ônibus roletão, de bermuda, chinelo e uma camisa bem batida – não furada ainda –, completamente à vontade e à toa. Entra um sujeito com tênis Abibas (não é Adidas!), calças jeans, camiseta mamãe-sou-gay e óculos escuros. Até aqui tudo bem.

O cara me olha de cima em baixo antes de passar a me ignorar e senta num banco próximo fazendo pose de fodão. Toda expressão corporal de bolacha do pacote.

Já é escroto o suficiente um babaca de carrão tirando onda assim, mas andando de roletão o sujeito acha que tira onda de quê?

Como não morrem?


Outro dia, na esquina da Rua da Quitanda com a Alfândega, no Centro do Rio, havia uma moça muito bonita em um vestido leve e sensual, sem ser vulgar.

Passei por ela e parei para esperar os carros que passavam antes de atravessar, mas foram os carros que tiveram de parar bruscamente…

Passaram por mim dois valetes sem noção olhando para a moça com cara de lobo mau, que nem viram os carros – ou a rua – e saíram atravessando na frente do trânsito. Pra meu espanto, logo atrás veio um terceiro.

Como essa gente sobrevive até a idade adulta?

O povo brasileiro não sabe votar


Esta vai por último pois é a mais bizarra de todas.

Estava eu no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional para efetuar um registro. Na fila, à minha frente, havia um senhor idoso reclamando sem parar que o povo brasileiro não sabe votar, que por causa disso elegeram o Lula e ele estaria destruindo o Brasil e que bom mesmo era no Regime Militar, quando quem escolhia os governantes eram as pessoas que sabiam o que é certo.

Muito bem… chegando ao guichê esse senhor foi explicar à atendente o que ele queria:

Ele disse que havia registrado um modelo de automóvel há uns anos e que uma empresa de automóveis havia posteriormente construído o modelo dele sem pagar os devidos royalties. Ele disse que entrou na justiça, mas perdeu o processo porque o modelo descrito no registro dele não combinava com o modelo fabricado pela empresa.

Qual a ideia genial? Ele estava lá porque queria anexar à obra original a descrição do modelo fabricado pela empresa (!!). A atendente explicou que ele poderia sim fazer um anexo posterior à publicação, mas que não adiantaria de nada, já que a data da anexação constaria na obra.

Ele respondeu que tudo bem, que isso era problema dos advogados dele.

Para terminar a bizarrice, houve um problema com o título da obra: a obra original havia sido registrada com título em português e no anexo ele colocou o título em inglês. Ele disse então para registrar uma errata alterando o título da obra para o inglês, pois, segundo suas palavras, ele não queria mais passar o feio de apresentar seu projeto com título nessa linguazinha horrorosa.

Pois é, realmente uma pessoa muito honesta e politizada… =/

[]’s
Cacilhας, La Batalema