2007-08-22

Coisas de Petrópolis/RJ

Petrópolis/RJ é uma cidade muito estranha mesmo.

Hoje pela manhã acordei um pouco mais tarde – não estava me sentindo bem, então acabei perdendo a hora –, olhei para o Céu e o vi azul, com o Sol bonito e radiante.

Decidi não levar nem meu poncho, nem meu guarda-chuva. Ledo engano…

Passando um pouco da avenida central da cidade, numa região chamada Duas Pontes, dei de cara com a seguinte imagem:
Duas Pontes

Se você reparar bem vai ver que mais para o alto há um pouco de azul: atrás de mim havia um belo dia ensolarado e a minha frente uma parede branca.

Chegando aqui no LNCC, não muitos quilômetros de minha casa, não se via direito 15m a frente.

Até gosto… as montanhas de Petrópolis têm uma presença muito forte e me dão uma sensação de prisão, como se fossem uma muralha que me limita a liberdade. Com o nevoeiro, dá a impressão de que elas não estão lá, de que há algo mais além da nuvem, como se o nevoeiro fosse uma tela branca onde posso projetar meus desejos.

Deixando de lado essa filosofia barata, coisas assim fazem de Petrópolis uma cidade estranha.

Perto de minha casa há alguns casais de gavião carijó – simplesmente lindos –, algumas corujas magníficas e umas garças – não faço a mínima ideia sobre o que as garças comem. =/

Por toda a cidade é possível ver bandos de maritacas e há muito tempo não vejo mais tucanos – comuns em minha infância.

Só pra fechar essa postagem perdida – lembrando que o tema é a estranheza de Petrópolis – há um rapaz chamado Zezé que anima as viagens de ônibus à noite pelo Bingen cantando – canta muito bem por sinal, apesar do repertório de mau gosto. Outro dia ele entrou no ônibus e soltou uma pérola que vou guardar pro resto da vida:

A Terra não respeita criatura, ela quer carne fresca. Pode rezar sete vezes o terço, que as minhocas vêm do mesmo jeito. (Zezé)


Está aí algo sobre Petrópolis.

[]'s
Cacilhas