IDEs em ambiente GNU/Linux – Editores de texto
Este artigo é o primeiro de uma série de três artigos sobre ambientes de programação:
É comum os programadores se sentirem presos sempre às mesmas IDEs, como Visual Studio, NetBeans, Eclipse, JBuilder e até Delphi por não conhecerem ou por medo de outros ambientes de desenvolvimento.
A coisa piora quando o programador por um motivo qualquer começa a usar GNU/Linux e não encontra sua IDE preferida ou descobre que o Eclipse roda incomodamente mais travado que no Windows – pelo menos o JBuilder e o NetBeans rodam tão pesados quando no Windows. =D
Meu objetivo neste artigo é mostrar algumas alternativas do mais simples e leve à mais completa (e pesada) IDE.
Observação: a maioria dos (se não todos) ambientes citados aqui tem versões para Windows e Mac OS X.
Desde os tempos mais remotos os editores de texto são a forma mais simples para o desenvolvimento de software.
Eles se tornaram práticos a partir da invenção da edição visual e mais práticos ainda com outras facilidades interessantes, como realce de sintaxe e autocompleção.
Vim
Vim contrabalancea recursos oferecidos e consumo de recursos do sistema e dá de dez em qualquer IDE, principalmente se você usar
gvim
, uma interface Gtk+ para Vim.Porém seu paradigma de uso é muito diferente dos demais editores: Vim (Vi IMproved) é um clone melhorado do VI (Visual Interface), uma interface visual para o editor
ex
do Unix. Portanto os comandos de edição do Vim são similares aos do ex
.Vim, assim como VI, possui três modos de uso:
- Modo de comando: é possível executar comandos de edição
- Modo de edição: é possível editar diretamente o texto
- Modo de visualização: usado para seleção avançada
Os comandos do Vim não são exatamente o que se pode chamar de intuitivos. Por exemplo, para saltar um arquivo o comando é
:w
e para sair do Vim :q
– se houver edições não salvas, é preciso forçar o comando com exclamação: :q!
.GNU Emacs
Emacs (Editor Macros) é o culpado pelo Software Livre e o Projeto GNU. =D
Emacs é um ambiente de programação fortemente voltado para eLisp, apesar de também com suporte a outras linguagens.
Seus comandos também não são exatamente mnemónicos… para salvar um arquivo pressione C-x C-s (Ctrl+X depois Ctrl+S) e para sair C-x C-c. M-x (Esc depois X ou Alt+X) entra em modo de comando.
Além de editor de texto, Emacs é também um ambiente de execução de aplicações eLisp, havendo diversas interessantes, até mesmo leitor de correio eletrónico e navegador web. Como usuário de Vim, sou obrigado a comentar que Emacs é uma ótima plataforma operacional, apenas carece de um bom editor de texto. =D
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Cacilhas, La Batalema