2012-06-30

Facebook

Baal Aos poucos estou entendendo como funciona a fascinação que o Facebook exerce sobre nós.



Assim como podemos encontrar amigos perdidos e fazer novas amizades, mantendo contato mais facilmente, e podemos também gerenciar grupos de força tarefa… o Facebook funciona como um agregador de pessoas que compartilham das mesmas ideias.



O problema é que pessoas que compartilham das mesmas paranoias, neuroses e ódios retroalimentam umas nas outras esses pensamentos, fazendo com que as pessoas se sintam bem com problemas que deveriam lidar e se sintam inteligentes ao sustentar ideias estúpidas em grupo – onde geralmente uma elite fala e os outros aplaudem.



É muito mais fácil se aproximar de pessoas que dizem que você está certo em não querer se apaixonar, em odiar o diferente ou em seguir qualquer outro pensamento destrutivo, e achar que isso está certo, do que ter de lidar com as próprias falhas.

Assim, mesmo sendo uma ferramenta social útil, precisamos tomar MUITO cuidado e nos policiarmos constantemente para não cairmos nessa armadilha tão doce.

[]’s
Cacilhας, La Batalema

2012-06-27

Religião ou escravidão?

Baal

Vou falar aqui de Cristianismo, mas não de todas as variantes. Estou me referindo especificamente à Renovação Carismática Católica e às igrejas pentecostais.

Tenho prestado muita atenção ao discurso dos cristãos profissionais e percebi o óbvio – e que todo estudioso de história já sabe: tudo remete ao escravismo.

A começar pelas palavras usadas, como Senhor e Mestre. São termos que sempre se referiram ao senhor de escravos e todo o contexto também se encaixa.
A minha vida é do Mestre
Meu coração é do meu Mestre
Meu caminho é do meu Mestre
O meu destino é do Mestre
(Ou algo assim…)

Se você for uma pessoa atenta, reparará que todo esse discurso leva as pessoas a um estado de submissão que as torna política, social e economicamente dóceis, manipuláveis e irracionais.

Outra coisa que tenho reparado é que o mensageiro é mais importante que a mensagem, isso quando a mensagem em si não chega a ser irrelevante.

O nome de Jesus Cristo é mais importante que a mensagem que ele traz – e no caso da Santa Sé, a própria igreja ainda é mais importante.

Amar ao próximo como a si mesmo, praticar da caridade, abdicação, altruísmo, fazer o bem, nada disso importa para aqueles que se dizem cristãos. O importante é trazer Jesus (ou a igreja) no coração e submeter-se sem questionar.

— Ah! Mas eu conheço cristãos que praticam a caridade! Que fazem o bem.

Assim como tenho amigos muçulmanos, agnósticos e ateus que também praticam a caridade e fazem o bem, porém proporcionalmente muito mais do que entre cristãos. Pessoas boas são pessoas boas, independente de suas crenças religiosas – assim como pessoas ruins são pessoas ruins –, mas o Cristianismo, em especial em as vertentes pentecostais e a Carismática, tem a estranha capacidade de atrair mais pessoas egoístas, que não se interessam na prática do bem, do que outras religiões – exceto, talvez as pseudo-orientais, que são craques em atrair pessoas egocentradas.

É por isso, por permitir essa leitura proselitista, que eu acho que a melhor coisa a se fazer com a Bíblia é escorar porta ou segurar livros na estante. Para acender fogueira também funciona bem, mas aí sai caro.

Claro que se salvam um texto daqui, outro dali – como o capítulo XIII da I Carta de São Apóstolo aos Coríntios, que é A referência de moralidade –, mas se isso fosse parâmetro, até Mein Kampf teria valor como guia espiritual.

[]’s
Cacilhας, La Batalema


PS: E não me venha citar Madre Teresa, como eu disse, pessoas boas são pessoas boas, mas mesmo assim ela defendia a submissão inquestionável e silenciosa da mulher a seu marido, mesmo em casos de maltrato e desrespeito.

2012-06-26

Almas gêmeas

lâmpada

Não existe esse negócio de almas gêmeas. Esqueça.

O que existe é afinidade.

É claro que há casos de uma afinidade tão grande que as duas pessoas parecem uma só, pensam como uma só, e quando uma se vai, a outra sente como se tivesse morrido por dentro. Acredite, eu sei.

Mas o conceito de almas gêmeas, metades de um mesmo ser de fato, esse tipo de coisa não existe. Se você não se completar sozinho, não se bastar, nunca encontrará alguém com quem se afinizar tão profundamente.

A paixão momentânea pode dar a ilusão de afinidade, de almas gêmeas, mas é ilusão passageira, com o tempo o castelo de cartas desmorona.

Por outro lado muita gente confunde bastar-se com ser antissocial. O ser humano é um um ser essencialmente social e político, necessita conviver com outros iguais. Afastar-se e viver sozinho em sua casa ou apartamento, sair sozinho, fazer programas sempre sozinho, não significa bastar-se, mas sim não se bastar e ter medo de que os outros percebam.

Voltando ao assunto original, a beleza da afinidade é que você não precisa passar a vida toda procurando sua outra metade da laranja – como encontrar a metade de algo que está inteiro? Cada pessoa pode se afinizar com uma legião de outras pessoas, não apenas uma única escolhida e selecionada por um deus cruel que ainda faz com que essa pessoa não queira nada com você.

Então, para encontrar alguém que lhe complemente, você precisa primeiro se reconhecer como ser integral, inteiro, não pela metade; em seguida precisa permitir-se.

[]’s
Cacilhας, La Batalema

2012-06-24

Papéis sociais

lâmpada

As pessoas supervalorizam os papéis sociais e familiares.

Esposa, marido, irmão(ã), filho(a), chefe, subalterno, primo(a), pai, mãe… todas essas relações são sobrecarregadas de uma importância que nos martiriza.

Quando nos desapegamos desses valores que nos oprimem e encaramos essas relações como o que elas realmente são – nada além de papéis que representamos temporariamente nesta existência –, isso nos liberta desses tabus, nos permite maiores flexibilidade e aproveitamento das possibilidades de vivência e aprendizado que a nós se apresentam.

Mas para podermos viver a vida mais plenamente precisamos antes de mais nada aceitar uma verdade difícil: que não é a sociedade que nos oprime com a supervalorização de papéis, somos nós mesmos! Cada um de nós impõe e mutila a si mesmo. É claro que por uma programação sócio-cultural que recebemos desde a mais tenra infância, mas no final somos carrascos de nós mesmos.

Aceitar isso nos permite abrir mão das armas de autopunição e, só assim, vivermos em plenitude.

[]’s
Cacilhας, La Batalema

2012-06-01

Para a saúde de quem?

Baal

A última coisa importante que meu rouxinol me disse antes de deixar a crisálida e voar para longe deste mundo foi: eu já sinto muito orgulho de você.

Porém não me sinto merecedor desse orgulho. Sei que cuidei dela de uma forma que pouquíssimas pessoas fariam, enfrentei médicos e minha própria família para que ela tivesse a existência mais normal possível em seus últimos dias, mas sinto a necessidade de fazer mais.

A Lu foi um tipo de Maid Marian moderna, enfrentava as autoridades e o status quo para ajudar os menos favorecidos e eu não fiz metade do que ela fez, por isso ainda não mereço seu orgulho.

Mas quando for minha vez de ir e ela vier me buscar, eu quero merecer seu orgulho. Para isso, quero dar alguma finalidade prática ao conhecimento que acumulei nesse calvário, primeiro divulgando.

A principal coisa que aprendi foi:
Não importa se sofrerão e terão a vida abreviada pela doença, doentes crônicos rendem mais lucros para a indústria farmacológica do que um paciente curado.

Qualquer tratamento barato que levasse à cura de doenças crônicas sempre foi perseguido e destruído pelos governos e organizações de saúde, para o bem do mercado.

Vamos falar disso…

Máquina de co-ressonância de Rife

Na década de 1920, o Dr. Rife fazia pesquisas com a ressonância coordenada ou co-ressonância para o tratamento de viroses e tumores. Em 1934, em uma pesquisa com dezesseis pacientes terminais de câncer, a co-ressonância foi capaz de curar todos os pacientes em três meses de tratamento.

As consequências? Seu laboratório foi incendiado, a pesquisa destruída e o próprio Dr. Rife sofreu sistemática e metódica perseguição e difamação pelo editor chefe do Journal of the American Medical Association, Morris Fishbein, para desacreditar totalmente sua pesquisa e assim proteger o mercado que explora os doentes terminais.

— Mas por que eles fariam isso? Como a indústria se beneficiaria da destruição de uma tecnologia capaz de ajudar tantas pessoas?

Vou responder esta pergunta com um exemplo.

Quando minha esposa estava se tratando (se é que dá pra usar esta palavra) no HFCF, conhecemos uma senhora que sofria do mesmo tipo de carcinoma que minha esposa há vinte anos.

É… essa doença age diferente com pessoas diferentes. Matou minha esposa em menos de um ano e tem torturado essa senhora há vinte.

O tratamento tradicional só dessa senhora rende à indústria farmacológica US$80 mil ao ano.

Tudo para mantê-la doente, sofrendo dos efeitos colaterais tanto da doença quanto do tratamento, piorando a cada ano e fatalmente morrerá inválida na cama de um hospital.

Agora imagina se essa senhora tivesse sido curada com uma terapia simples e barata no primeiro ano… multiplique os US$80 mil pelos anos de tratamento poupados para ver o quanto a indústria teria deixado de lucrar, isso para apenas um paciente!

Avelós

O Hospital Israelita Albert Einstein em SP pesquisou o tratamento do câncer com DM-10, medicamento extraído da avelós.

Quando pacientes terminais e crônicos começaram a ser curados, a Anvisa mandou suspender as pesquisas e proibiu o uso terapêutico da avelós. A justificativa foi que a overdose pode ser tóxica.

Primeiro, de qual substância a overdose não é tóxica?

Segundo, fiquei sabendo de uma garota que bebeu uma garrafa de preparado de avelós inteira por engano – por definição uma overdose – e a consequência foi uma azia.

Alguns médicos negam a eficiência da avelós, mas não conseguem explicar os casos de cura. Simplesmente o ignoram, pois foram adestrados a negar tudo o que coloque em cheque suas verdades.

Eu pude presenciar pessoalmente os efeitos da avelós e conheci doentes terminais curados pela avelós. A avelós tem efeito analgésico, cicatrizante e antitumoral.

THC

Um dos principais motivos da proibição da maconha não tem a ver com as consequências sociais, mas com as consequências mercadológicas.

O THC, princípio ativo da canábis, substitui pelo menos quatro medicamentos usados para aliviar os efeitos do câncer, com mais eficiência pelo menos do que três deles.

Mas o uso terapêutico do THC é proibido, pois seus efeitos colaterais – lentidão de raciocínio temporária e aumento do apetite – são considerados inaceitáveis.

As quatro substâncias substituíveis pelo THC tem os seguintes efeitos colaterais aceitáveis:

  1. Metoclopramida: é hemorrágica e causa comprometimento e perda gradativos do controle motor;
  2. Bromoprida: inibe a absorção de nutrientes pelo intestino;
  3. Tramadol: causa distúrbios psicóticos;
  4. Morfina: mata.

Basta pesar o que é mais inaceitável.

Outra desculpa comumente usada é que o THC causa câncer ao tentar combatê-lo. Não é o que as pesquisas dizem.

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Ainda vou falar muito, mas muito mesmo sobre este assunto.

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Cacilhας, La Batalema